quarta-feira, 26 de outubro de 2011

NOTÍCIA – Com muitos problemas nas exibições digitais, Mostra divulga nota de esclarecimento.


Já aconteceu comigo e com amigos nesta Mostra. De repente, o filme trava. A espera pode levar minutos, o que prejudica toda a programação de quem está saltando de uma sessão para a outra contando com a pontualidade. Pontualidade que, mesmo sem contratempos, é rara na maioria das sessões. Os travamentos têm ocorrido com as cópias digitais, cada vez mais comuns nas projeções. 

Diante do grande número de vezes que isso vem ocorrendo, a organização da Mostra divulgou hoje à noite a nota de esclarecimento que o Eu, Cinema reproduz abaixo:


NOTA DE ESCLARECIMENTO – PROJEÇÕES DIGITAIS

A 35ª Mostra gostaria de esclarecer os recentes problemas em projeções digitais em algumas sessões do evento.

A organização do festival tem a maior preocupação com suas projeções e seu público. Ao convidar um filme para fazer parte da sua programação, ou ao selecioná-lo, a Mostra contata os seus produtores e fica a cargo deles a decisão sobre o formato do filme a ser enviado.  Cada vez menos os produtores se dispõem a produzir cópias 35mm, mais caras que as cópias digitais. Mesmo alguns filmes clássicos exibidos na Mostra em suas apresentações especiais foram restaurados digitalmente e nos são enviados no formato DCP com alta resolução (2K). Como foram apresentados em Cannes, Berlim e outros grandes festivais.

Devemos esclarecer que a Mostra não dá preferência aos formatos digitais, e sim às cópias 35 mm, uma vez que elas têm mais possibilidades de exibição nas salas que fazem parte do circuito da Mostra.
Mas neste momento vivemos o impasse da digitalização do cinema e das salas de exibição. E, como apontam reportagens recém-publicadas nos grandes jornais, os mercados europeu e americano encontram-se num estágio muito mais avançado do que o brasileiro no que se refere ao equipamento digital das salas de cinema.

 Neste ano, cerca de 50% dos filmes que confirmaram sua participação na Mostra vêm em formato digital – por opção dos produtores, e não do festival. Para esta edição, houve a preocupação de fazer uma parceria com o Polo Cinematográfico de Paulínia para se ter mais projetores 2K que exibem DCP. Com o aluguel de três projetores DCP, o número de salas que exibem o formato durante o evento aumentou de três para seis. Ainda assim essas seis salas se deparam com uma grande demanda de filmes desse formato.

A direção da Mostra também teve a preocupação de não mais exibir DVcams para melhorar a qualidade da projeção. Os filmes internacionais recebidos em formato digital são encodados (convertidos) no padrão de exibição Mobz – os nacionais são encodados diretamente pelas produtoras – e são exibidos por ela e pela Auwe, as duas únicas empresas de projeção digital que operam nos cinemas da cidade.

A organização da 35ª Mostra está ciente dos problemas ocorridos nas projeções digitais e está colocando todo o seu empenho em resolvê-los junto aos fornecedores, exigindo um padrão de excelência que faça jus a nosso público.

A 35ª Mostra é produzida pela ABMIC – Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema.
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