Já aconteceu comigo e com amigos nesta Mostra. De repente, o
filme trava. A espera pode levar minutos, o que prejudica toda a programação de
quem está saltando de uma sessão para a outra contando com a pontualidade.
Pontualidade que, mesmo sem contratempos, é rara na maioria das sessões. Os
travamentos têm ocorrido com as cópias digitais, cada vez mais comuns nas projeções.
Diante do grande número de vezes que
isso vem ocorrendo, a organização da Mostra divulgou hoje à noite a nota de
esclarecimento que o Eu, Cinema reproduz abaixo:
NOTA DE
ESCLARECIMENTO – PROJEÇÕES DIGITAIS
A 35ª Mostra gostaria de esclarecer os recentes problemas em
projeções digitais em algumas sessões do evento.
A organização do festival tem a maior preocupação com suas
projeções e seu público. Ao convidar um filme para fazer parte da sua
programação, ou ao selecioná-lo, a Mostra contata os seus produtores e fica a
cargo deles a decisão sobre o formato do filme a ser enviado. Cada vez menos os produtores se dispõem a
produzir cópias 35mm, mais caras que as cópias digitais. Mesmo alguns filmes
clássicos exibidos na Mostra em suas apresentações especiais foram restaurados
digitalmente e nos são enviados no formato DCP com alta resolução (2K). Como
foram apresentados em Cannes, Berlim e outros grandes festivais.
Devemos esclarecer que a Mostra não dá preferência aos
formatos digitais, e sim às cópias 35 mm, uma vez que elas têm mais
possibilidades de exibição nas salas que fazem parte do circuito da Mostra.
Mas neste momento vivemos o impasse da digitalização do
cinema e das salas de exibição. E, como apontam reportagens recém-publicadas
nos grandes jornais, os mercados europeu e americano encontram-se num estágio
muito mais avançado do que o brasileiro no que se refere ao equipamento digital
das salas de cinema.
Neste ano, cerca de
50% dos filmes que confirmaram sua participação na Mostra vêm em formato
digital – por opção dos produtores, e não do festival. Para esta edição, houve
a preocupação de fazer uma parceria com o Polo Cinematográfico de Paulínia para
se ter mais projetores 2K que exibem DCP. Com o aluguel de três projetores DCP,
o número de salas que exibem o formato durante o evento aumentou de três para
seis. Ainda assim essas seis salas se deparam com uma grande demanda de filmes
desse formato.
A direção da Mostra também teve a preocupação de não mais
exibir DVcams para melhorar a qualidade da projeção. Os filmes internacionais
recebidos em formato digital são encodados (convertidos) no padrão de exibição
Mobz – os nacionais são encodados diretamente pelas produtoras – e são exibidos
por ela e pela Auwe, as duas únicas empresas de projeção digital que operam nos
cinemas da cidade.
A organização da 35ª Mostra está ciente dos problemas
ocorridos nas projeções digitais e está colocando todo o seu empenho em
resolvê-los junto aos fornecedores, exigindo um padrão de excelência que faça
jus a nosso público.
A 35ª Mostra é produzida pela ABMIC – Associação Brasileira Mostra
Internacional de Cinema.
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